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O boom dos marketplaces | Henrique Almeida

Em sua maioria com anos de mercado e desempenhando um papel fundamental para a experiência do consumidor no e-commerce, alguns e-commerces estão se tornando marketplace, fazendo um novo business após anos de construção de reputação em seu e-commerce próprio, o que envolve muita produção, desenvolvimento tecnológico, conteúdo e competência operacional para isso. O sucesso de todo e-commerce (e marketplace) está totalmente atrelada a boa experiência de compra e entrega dos pedidos, com altos volumes de entregas (40 – 60 mil pedidos por dia) não é fácil essa rotina e não foi fácil serem os primeiros, pois exigiu desenvolvimento de muitos sistemas, fluxos, processos, parcerias com os fornecedores para enfrentar o rápido crescimento, deixando apenas de ser uma empresa de varejo e se tornando também uma empresa de tecnologia, a mais de 10 anos o e-commerces cresce mais de 2 dígitos percentuais ao ano, só em 2020 o crescimento foi maior que 40% e com consumidores cada vez mais exigentes. É comum principalmente nas capitais do Brasil, consumidores comprando produtos para recebe-los no mesmo dia ou dia seguinte, vem se tornando um hábito, e exigindo mais cada dia mais agilidade das empresas.


A responsabilidade dos marketplaces é grande, pois é o “nome” da empresa que está em jogo, o consumidor não obtendo a experiência desejada como prazo de entrega e a qualidade do produto comprada pode fazer com que não volte a fazer novas compras, por isso em sua maioria as exigências para as marcas entrarem e terem os seus produtos divulgados são grandes: prazo de entrega, qualidade do produto, padrão de imagens, detalhes sobre os produtos, descrição comercial, descrição técnica e por aí vai. Pense só se você é um consumidor, estiver buscando uma calça jeans num marketplace, terá centenas ou até milhares de opções para compra: marcas, modelos, numerações, etc. E então o consumidor inicia sua jornada para decidir qual será o produto comprado. Para se diferenciar das demais marcas e entender essa jornada selecionei algumas dicas importantes:
 
1º Título do produto: clientes possuem o hábito de utilizar a caixa de busca para encontrar os produtos, então irá digitar, por exemplo “Calça Jeans Masculina Skinny”, quanto maior a riqueza de detalhamento no título do produto, maior a chance da marca aparecer no resultado de busca: tipo do produto, cor, modelo, marca.


2º Imagem do produto: as imagens precisam ter alta qualidade com padrões pré-definidos (Dimensões e cor de fundo), normalmente uma exigência dos marketplaces, na página de resultados da busca o cliente terá o primeiro contato com o produto. Após a imagem inicial, clicando no produto, o cliente terá contato com as fotos internas e aí inicia uma verdadeira venda! Precisamos atribuir valor a peça, a fotos com modelos e detalhes das peças. Agora os consumidores precisam entender os diferenciais do produto, o apelo visual com fotos de alta qualidade, ângulos diferentes, detalhamento, entendimento do caimento do produto no corpo são essenciais.


3º Descrição comercial: oportunidade que a marca possuí de contar para o consumidor os diferenciais do produto, tipo do produto, sugestão de utilização, caimento do produto. Na Almeida Consulting dizemos internamente que esse é o momento que o “vendedor” (marca) tem a oportunidade de “falar” com o cliente. Quanto maior a riqueza de detalhes, mais decidido o cliente ficará.


4º Descrição técnica: seria o provador do cliente, momento de entender qual o tamanho lhe servirá e uma oportunidade para a marca não correr o risco de ter uma troca ou devolução do produto (onerando seu lucro).


5º Decisão de compra: O processo de compra dos marketplaces são cada dia mais eficientes, tecnologia que estão desenvolvendo a anos, muitos deles, caso o cliente já tenha realizado alguma compra anterior não precisa nem digitar os números do cartão de crédito, apenas digitar os números do código de segurança e finaliza a compra. Quanto mais rápido o cliente consiga finalizar a compra, melhor a experiência e maior a conversão.


6º Entrega: O prazo de entrega é uma das questões primordiais, no momento que o cliente realizou a compra foi firmado um prazo, e ele está contando que será cumprido, caso contrário a frustração é grande! Principalmente se o consumidor comprou o produto para um momento especial (festa, aniversario, presente, etc). A responsabilidade da marca é embalar, faturar e despachar o produto o mais rápido possível, quanto mais rápido chegar, melhor a experiência do consumidor.


7º Recebimento: Chegou o grande momento que o consumidor esperava ansiosamente, ao receber uma encomenda é como se ele recebesse um presente  dele mesmo, a forma que os produtos são embalados, principalmente em seu interior faz com que esse momento seja ainda mais prazeroso e que feche essa experiência com “chave de ouro”. Uma grande oportunidade para marcas que ainda não teve contato com o cliente, um momento de encantá-lo!


A assertividade nas etapas iniciais trará a probabilidade maior do consumidor escolher o seu produto em meio a muitos. Após a escolha do produto a próxima etapa terá a oportunidade de encantá-lo e provavelmente fará com que ele compre novamente do marketplace e da marca! Lembrando que riqueza de detalhes do cadastro do produto leva a uma experiência de como se estivesse “experimentando o produto” ou até mesmo “conversando com uma vendedora”, o desafio é encantar o consumidor do primeiro até o último contato. A venda só termina quando o cliente recebe o produto e o experimenta.


Se esse processo é complexo para as marcas que estão vendendo no marketplace, para o marketplace é ainda mais complexo para controlar essa experiência, pois precisa garantir que todos esses processos sejam realizados da melhor forma possível, para que cada dia mais os consumidores voltem e recompre produtos no marketplace. Com isso também uma oportunidade para as marcas, pois se entenderem isso como uma oportunidade estará ganhando novos clientes, e dependendo o ápice que toda empresa deseja novos “fãs da marca”.


NOVOS PLAYERS
Existem marketplaces que não chegaram a nenhum momento possuir estoque, e isso é uma tendência para os próximos anos, nasceram após a criação dos primeiros
players que podemos os denominar como “tradicionais”. Esses novos marketplaces já nasceram com essa missão de conectar marcas com os clientes, são empresas de tecnologia que a utilizam para que gerar experiências positivas para os consumidores, no segmento de moda um dos diferenciais é realizar curadoria das marcas que possuem afinidade com seu público, gerando uma experiência com o nicho de mercado que estão explorando. Os desafios de tecnologia, processos, fluxos, e principalmente na parte de cadastro de produto se tornam ainda mais criteriosos, já que estão atuando num mercado menor que os grandes players que possuem uma diversidade grande de tipos de produtos, e precisam zelar ainda mais com a “nome” do marketplace para a experiência ser impecável. O mercado de e-commerce sempre obteve sucesso em mercado “nichado” o que faz com que o consumidor consiga ter uma imersão em seu “life style”.



O MERCADO
Atualmente os
marketplaces representam 63% das vendas on-line no Brasil, com esses números podemos perceber a importância de estar presente em muitas estratégias dos negócios. Alinhada também com a estratégia da empresa no posicionamento para o mercado para a escolha de quais marketplaces deve estar presente. Podemos esperar para os próximos anos muitas mudanças nos players atuais com mudanças de público, novos players, tecnologia, critérios, e sem dúvidas muito crescimento. Se preparar bem para esse momento é uma necessidade para aproveitar de uma forma positiva essa oportunidade.


Sobre o autor

Henrique Almeida


Sócio Fundador da Almeida Consulting

Por Oliver Tan Oh 29 de maio de 2024
Governança corporativa é frequentemente interpretada como um tema restrito às empresas de capital aberto. Contudo, a popularização do E.S.G (acrônimo para Environmental (ambiental), Social e Governance (governança)) vem alterando esta percepção junto a um grupo cada vez maior. Este artigo é dirigido aos acionistas e líderes de PMEs que buscam refletir sobre como o sistema de governança pode contribuir com a forma que dirigem, monitoram e incentivam suas empresas e, assim, promover um novo rumo no curto, médio e longo prazos, para: ● Otimizar o valor econômico; ● Facilitar o acesso a recursos; ● Aprimorar a qualidade da gestão; ● Promover a sustentabilidade do negócio; ● Potencializar o impacto positivo junto à sociedade. Para que tais benefícios se concretizem, o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa (5ª Edição do IBGC, págs .20 e 21) destaca quatro princípios básicos a serem praticados, resumidos a seguir: 1. Transparência das informações relevantes junto aos distintos grupos que contribuem com o resultado do negócio ou que por este são impactados (stakeholders): clientes, acionistas, funcionários, fornecedores, sociedade, defensores do meio ambiente e Estado; 2. Equidade ao tratar cada stakeholder com justiça e isonômia levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas; 3. Prestação de contas por parte dos agentes da governança. Deve ser realizada de forma clara, concisa, compreensível e temporânea, sempre assumindo integralmente a responsabilidade pelos seus atos e omissões; 4. Responsabilidade Corporativa dos integrantes de conselhos, comitês e da gestão. Engloba zelar pela viabilidade econômico-financeira da organização, reduzir as externalidades negativas e aumentar as positivas resultantes das atividades da empresa, considerando no seu modelo de negócio as seis categorias de capitais: financeiro, humano, manufaturado, natural, intelectual e social. CATEGORIAS DE CAPITAIS As seis categorias de capitais são descritas no INTEGRATED REPORTING in the Public Sector (publicado pelo CIMA - Chartered Institute of Management Accounts, p.6) que embasa as definições transcritas abaixo: 1) FINANCEIRO é o total dos recursos financeiros que está disponível para o negócio, sendo proveniente da própria operação, de investimento dos sócios e/ou financiamentos/linhas de crédito; 2) HUMANO são as competências (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais) e atitudes (motivação e valores) que cada pessoa tem para inovar, incluindo: ✔ Aderência aos princípios da cultura da empresa, à abordagem de riscos e às regras de governança, com honestidade; ✔ Habilidade para compreender, desenvolver e implementar as estratégias da organização; ✔ Lealdade e motivação para aprimorar e inovar processos, bens e serviços, incluindo a capacidade de relacionamento interpessoal para colaborar, liderar e gerenciar. 3) MANUFATURADO são os bens tangíveis que sofreram alguma industrialização. Por exemplo: insumos, equipamentos e instalações; sejam eles produzidos por terceiros ou fruto de produção interna da organização que os reteve para uso próprio. Também fazem parte os capitais das infraestruturas externas, tais como: vias, pontes, portos, serviço de água e esgoto, energia elétrica e comunicações. Importante destacar que não fazem parte do capital manufaturado os recursos que estão no estado provido pela natureza. 4) NATURAL é composto por recursos naturais (renováveis ou não) captados pela empresa para serem consumidos e/ou empregados no processo de produção de bens e/ou prestação de serviços, como por exemplo: água, luz solar, minerais, terras produtivas, florestas, animais, biodiversidade, ar limpo e outros recursos ambientais. 5) INTELECTUAL são os conhecimentos que geram valor. Inclui: ● propriedade intelectual (patentes, direitos autorais, software, licenças e outros direitos regulamentados); ● capital organizacional (conhecimento tácito, sistemas, procedimentos e protocolos); ● as marcas e a reputação da empresa junto aos clientes e demais stakeholders. 6) SOCIAL resulta das redes de relacionamento construídas a partir da interação das pessoas que compõem a empresa, entre si e com os stakeholders externos para melhorar o bem-estar individual e coletivo. Este capital inclui: ● normas, princípios e comportamentos comuns; ● relacionamentos com os stakeholders e a confiança e disposição de engajamento que a organização desenvolve e se esforça para construir e proteger junto a: clientes, fornecedores, parceiros de negócios e outras partes interessadas externas; ● a licença social para a organização operar. Quando negligenciada, pode determinar o fechamento de unidades da empresa, boicote dos consumidores à marcas e até mesmo à categorias de produtos. Um exemplo que ganhou destaque na mídia é a polêmica quanto ao trabalho escravo nos campos de algodão em Xinjiang, na China. Enquanto marcas ocidentais que atuam globalmente excluíam da sua cadeia de suprimento o algodão dessa região da China para atender a demanda humanitária dos consumidores da UE e EUA, formadores de opinião e consumidores chineses boicotavam essas marcas. Ambos os lados com apoio de governos. CONSTRUINDO UNICIDADE Se o exposto até aqui parece útil para responder as demandas que você e seu time enfrentam, então a governança contribuirá com os novos rumos do seu negócio. Esta nova etapa demandará uma gestão mais participativa, ampliando os espaços e canais para pessoas de diferentes grupos contribuirem com o desenvolvimento do negócio. Portanto, antes de montar um conselho de administração ou consultivo e/ou comitês, com a participação de funcionários e até mesmo stakeholders externos, é relevante revisar, formalizar e comunicar o propósito, os princípios, e o pensamento estratégico – elementos-chave na construção da unicidade direcional do desenvolvimento do negócio. Propósito é a motivação para a pessoa empreender e/ou participar da construção de um negócio que serve a necessidade específica de um público, provendo produtos e/ou serviços que têm seu valor reconhecido pelos stakeholders. A comunicação do propósito deve ser clara, concisa e ter unicidade junto a todos os públicos. Princípios são as regras a serem respeitadas por todos, sem exceção, promovendo a previsibilidade e a reputação junto aos stakeholders internos ou externos. Por último, compartilho que “Uma boa estratégia é aquela que reconhece a natureza do desafio e oferece um meio de superá-lo”. Portanto, “O núcleo de trabalho de uma boa estratégia é descobrir os fatores críticos em uma situação e conceber um meio de coordenar e focar as ações para lidar com esses fatores. A responsabilidade mais importante de um líder é identificar os maiores desafios para o avanço e desenvolver uma abordagem coerente para superá-los” (RUMELT, 2011, pág. 2 e 3). ANTES DE INICIAR Identifique a atual aderência da gestão aos princípios da governança. Quais já estão em uso, o grau de formalidade, de participação de executivos e outros stakeholders e os impactos positivos. Quais faltam e já prejudicam o negócio e quais ainda não afetam o resultado. Uma vez reconhecidos, será mais fácil potencializar os pontos fortes, gerir as fraquezas, priorizar as oportunidades e minimizar os possíveis efeitos das ameaças. O objetivo é obter sucesso com um plano adequado à realidade da empresa. Espero que este artigo contribua com a sua missão de tecer novos rumos e desejo que a prosperidade seja cada vez mais a marca da sua liderança!
Por Oliver Tan Oh 29 de maio de 2024
A indústria de confecções é um dos últimos elos da cadeia têxtil e constituída na essência por Micro e Pequenas Indústrias (MPI’s), sendo a maior empregadora de mão de obra da cadeia e uma das maiores do país. Mesmo diante dos recursos e potencialidades das grandes corporações e da concorrência em um mundo globalizado, as MPI’s buscam alternativas para garantir o sucesso dos negócios e ganhar destaque no cenário nacional. Entre elas está a Polo Salvador, pequena indústria fabricante de camisas polo para fardamento corporativo que criei junto com minha esposa e sócia Imelda Hartmann em Salvador, na Bahia. A Polo ressurgiu simbolicamente em 2010 porque o negócio que tínhamos anteriormente não prosperou devido à diversificação dos produtos e o número de itens do vestuário. Demos um passo para trás para dar dois para frente. Foi importante planejar um novo negócio, bem focado em inovação e ambiente sustentável, desde às instalações até os produtos. Com as estratégias bem definidas e o engajamento da força de trabalho, fomos crescendo a ponto de elevarmos a produtividade em 20% acima da média nacional, reduzindo os custos no processo produtivo e no produto final. Começamos a desenhar e produzir nosso próprio tecido, baseado nas necessidades do mercado de fardamento e considerando o apelo sustentável, que foi e é a tendência do mercado. Uma parcela do nosso fio é ecológico, feito a partir de garrafas pet, viscose de celulose, destacando também o fio biodegradável de poliamida, todos usados no desenvolvimento do tecido para produção das camisas polo. Nas instalações da fábrica houve uma verdadeira revolução. Instalamos um sistema de captação de água da chuva e otimizamos descargas e torneiras, reaproveitamos a água dos condicionadores de ar e descartamos os resíduos de forma adequada – os secos são destinados para a reciclagem e os orgânicos, como cascas e restos de alimentos, são enviados para compostagem, sendo parte utilizado no jardim suspenso de 24 m2 que construímos na entrada da fábrica e carinhosamente chamamos de “painel verde” -. E tem mais: os retalhos de tecido que podem chegar a cerca de 1 tonelada/mês, são encaminhados para uma creche que transforma o material em estopa, fuxicos e a renda adquirida com as vendas é utilizada na manutenção da instituição. O ano de 2014 foi um divisor de águas para o nosso negócio. Iniciamos o investimento em eficiência energética plena com a instalação de placas solares, substituímos todas as lâmpadas comuns por LED, reduzindo consideravelmente o consumo de energia e de lixo eletrônico, instalamos sensores de presença e lâmpadas de alerta em equipamentos de alto consumo de energia, substituímos ventiladores de parede por 2 ventiladores exaustores de 3 e 6,5m de diâmetro de baixo consumo e manutenção, instalamos ar condicionados inverter, substituímos todos os motores elétricos das máquinas e equipamentos por motores eletrônicos, entre outras ações. Assim, 3 anos depois, atingimos autossuficiência na geração da nossa própria energia com mais de 100 placas solares instaladas e, diante desse avanço, percebemos que a empresa poderia ser habilitada como empreendimento sustentável com a certificação ZERO ENERGY, referência nacional em construção sustentável e concedida pela GBC- Green Building Council. O resultado veio em 2019, quando fomos consagrados como a primeira indústria do Norte/Nordeste e a segunda do país a receber essa certificação. Além do reconhecimento da GBC, diante das mais de 40 ações sustentáveis que aplicamos, recebemos diversas premiações e certificações, como o 11º e 12º prêmios socioambientais concedidos pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB); o Selo Verde - nas categorias Ouro e Diamante -, chancelado pela Organização Social de Interesse Público (OSCIP) Ecolmeia, de São Paulo; o IPTU Verde, concedido pela Prefeitura de Salvador para as empresas utilizam os recursos naturais de maneira sustentável em seus imóveis; a medalha de mérito da ABIT, como destaque nacional em sustentabilidade e inovação, além do Rótulo Ecológico homologado pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Todas essas premiações geraram um volume enorme de mídia espontânea, que é um dos pontos fortes para atingir mercado divulgando nosso negócio, porque para uma pequena indústria custear uma publicidade importante é algo muito desafiador. Fomos objeto de notícia na abertura do Jornal Nacional, da Rede Globo, em 2018, como uma indústria que estaria gerando sua própria energia, o que nos motivou de forma especial para buscar mais iniciativas inéditas, como a produção da primeira camisa polo CARBONO ZERO do BRASIL, também a partir da autossuficiência energética, garantindo à Polo o 12º Prêmio Socioambiental da FIEB e a homologação pela ABNT, necessária para garantir a credibilidade no mercado e, para isso, foi preciso calcular a pegada de carbono ao montante de todo processo, ou seja, desde o transporte do fio até a tecelagem, tinturaria, transporte do tecido acabado até Salvador, assim como nas instalações da Polo Salvador, até entrega do produto final ao cliente. Diante de tudo isso é importante destacar que embora essas iniciativas sejam numerosas, cabem em qualquer negócio, desde que haja iniciativa e crença na própria capacidade. O pequeno negócio precisa perceber suas forças, que se transformam em diferencial em relação às maiores corporações. A velocidade nas decisões, a agilidade nas ações, devido à proximidade e tamanho, o aproveitamento das sugestões dos colaboradores e sua implementação, além da importância enorme na visibilidade dos pequenos negócios, são incentivos que fazem a diferença na busca de selos, certificações e premiações. Aqui nós seguimos como pequena empresa, que pretende continuar sendo considerada e percebida pela comunidade em geral como um pequeno negócio saudável economicamente, que cuida do meio ambiente de forma diferenciada, motivando e valorizando as pessoas, dando condições dignas de trabalho e oportunidades em usufruir dos resultados e que possa servir de inspiração para outros negócios, não importa seu tamanho. 
Por Oliver Tan Oh 21 de maio de 2024
A indústria da moda é conhecida por sua volatilidade e ritmo acelerado, um setor no qual tendências emergem e desaparecem com muita rapidez. Por esse motivo, é importante que as empresas se adaptem às mudanças do mercado para garantir vantagem competitiva e antecipar demandas futuras. Nesse contexto, muitas empresas implementam o modelo de operação Private Label, uma estratégia eficaz que permite a produção de peças exclusivas para marcas específicas, oferecendo flexibilidade na adaptação de novas tendências sem comprometer a identidade ou os padrões de qualidade da marca. Para orientar micro e pequenas empresas sobre o modelo Private Label, o Vista Brasil (Programa de Competitividade e Promoção de Micro e Pequenas Empresas do Setor Têxtil e de Confecção) , uma iniciativa conjunta da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , lançou recentemente um conteúdo exclusivo elaborado pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai Cetiqt) . O e-book “Cinco erros mais comuns em Private Label e como evitá-los” apresenta os principais erros cometidos nesse tipo de operação, como planejamento ineficaz, precificação inadequada, baixo investimento em qualidade, escolha pouco criteriosa de fornecedores e falta de transparência. Além disso, o material oferece acesso a um curso completo sobre estratégias bem-sucedidas nesse tipo de operação. “Este material oferece soluções práticas para as micro e pequenas empresas melhorarem suas operações e se destacarem no competitivo mercado da moda”, afirma Lilian Kaddissi, superintendente-executiva de projetos estratégicos da Abit. Para conhecer esse conteúdo exclusivo, basta acessar o link e fazer o download do e-book. Sobre o Vista Brasil O Vista Brasil é o Programa de Competitividade e Promoção de Micro e Pequenas Empresas do Setor Têxtil e de Confecção, resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O projeto oferece diversos produtos e serviços que impulsionam os negócios de micro e pequenas empresas do setor no Brasil, além de contribuir para melhorias de processos produtivos e criativos e estimular olhares para a inovação e a importância da sustentabilidade na prática. Sobre a Abit A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), fundada em 1957, é uma das mais importantes entidades entre os setores econômicos do país. Representa a força produtiva de 25,2 mil empresas instaladas por todo o território nacional, empresas de todos os portes que empregam mais de 1,5 milhão de trabalhadores e geram, juntas, um faturamento anual de R$ 190 bilhões. Sobre o Sebrae O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequenas empresas, atuando com foco no fortalecimento do empreendedorismo e na aceleração do processo de formalização da economia por meio de parcerias com os setores público e privado. As soluções desenvolvidas pelo Sebrae atendem desde o empreendedor que pretende abrir seu primeiro negócio até pequenas empresas que já estão consolidadas e buscam um novo posicionamento no mercado.
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