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Sistema de Logística Reversa de Produtos e Embalagens em Geral | Fernando Rodrigues

Espera-se que os sistemas de logística reversa viabilizem a coleta, segregação, e retorno das embalagens e produtos após o uso e descarte pelo consumidor, gerando com isso movimentação na economia com geração de postos de trabalho e renda, aumentando dos níveis de reciclagem no Brasil, e diminuindo do impacto ambiental causado pela disposição inadequada de resíduos sólidos. Além disso, com a reciclagem, desde que técnica e economicamente viável, poderão ser reduzidos o uso de insumos e matéria prima virgem na inclusão das linhas produção de novos produtos. 


Para atender o tripé da sustentabilidade, os sistemas de logística reversa também geram um impacto social altamente positivo, através do incentivo ao desenvolvimento de associações e cooperativas de agentes de reciclagem que atuam nas etapas de coleta, triagem e comercialização dos materiais recicláveis, gerando emprego e renda para uma população extremamente carente.


Assim, os “fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes” são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos (artigo 33 da Lei Federal nº 12.305/2010).


Desta maneira, a logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico, ambiental e social composto por diferentes medidas destinadas a viabilizar a coleta, segregação e a restituição dos produtos e embalagens ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.


Os setores produtivos brasileiros já estão empenhados na busca de soluções para os grandes desafios da gestão e do gerenciamento de resíduos sólidos, como nos casos dos Sistemas de Logística Reversa, tais como:


Embalagens vazias e das sobras de defensivos agrícolas

Entidade Gestora: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - IMPEV

49.881,1 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas destinadas em 2020

93% das embalagens plásticas primárias comercializadas no Brasil têm destinação ambientalmente adequada

411 unidades de recebimento no país (302 postos e 109 centrais), dados 2020

3,9 mil ações de recebimento itinerantes em 2020

Emissões evitadas: 823.167 mil t CO2


Latas de Alumínio para Bebidas

Entidade gestora: Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio - Abralatas

Em 2020 o índice de reciclagem no Brasil foi de 97,4%

De 402,2 mil toneladas de latas vendidas no mercado interno

Foram recicladas 391,5 mil toneladas de latas, ou, aproximadamente 31 bilhões de unidades


Baterias de Chumbo Ácido

Entidade Gestora: Instituto Brasileiro de Energia Reciclável - IBER

Recolhido 275.427 toneladas (15.301.517 unidades) de baterias de chumbo ácido, em 2020


Lâmpadas Fluorescentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista

Entidade Gestora: Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação - RECICLUS

- em 2020, 927 toneladas de lâmpadas (6.351.254 unidades) foram recolhidas 

- atingiu 2.124 pontos de coleta em 465 municípios (26 estados +DF).


Pneus Inservíveis

Entidade Gestora: Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis - Reciclanip

- destinou cerca de 379.931 mil toneladas de pneus em 2020, totalizando 62.246.024 unidades deste inicio do sistema.

- atingiu 1.160 pontos de coleta em todo o Brasil


Pilhas e Baterias

Entidade Gestora: Gestora para Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos Nacional – Green Eletron

- alcançou a coleta de 1.755,79  toneladas de pilhas, até setembro de 2020

- atualmente, existem 4.453 pontos de coleta no Brasil


Fonte: Sinir – Sistema de Informações de Gestão de Resíduos Sólidos


A Logística Reversa de Embalagens em Geral

Em 2010 foi promulgada a Lei Federal nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), importante marco da legislação ambiental brasileira, que introduziu como princípio a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, além de ter como objetivo o incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. 


O maior desafio destes sistemas, sem sombra de dúvida, trata das embalagens em geral, considerando a dificuldade de se reunir todos os segmentos industriais, além de envolver todas as cadeias de fabricantes de materiais das embalagens, como por exemplo, metais, papel, vidro e plástico. 


As embalagens em geral foram incluídas na lista de materiais sujeitos à logística reversa devido ao grande volume gerado e, consequentemente, ocupado nos aterros sanitários ou lixões, ainda existentes no país.


É muito desafiador promover o retorno de embalagens após o uso pelo consumidor dos mais variados materiais. A pulverização deste material em um país com dimensões continentais como o Brasil, além da escala necessária para que a indústria, comércio, importadores e distribuidores atinjam suas metas, são apenas alguns exemplos de obstáculos que devem ser ultrapassados. 


Diante da complexidade do tema, diferentes sistemas foram criados com o objetivo de viabilizar a restituição das embalagens em geral ao setor produtivo. Neste sentido, cabe ressaltar a importância de se ter modelos variados, possibilitando aos empresários alternativas para o cumprimento da lei. 


Um dessas alternativas é a modelagem de compensação ambiental através da aquisição de créditos de reciclagem pelas empresas que precisam comprovar a logística reversa, em modelo similar ao mercado de crédito de carbono. Trata-se de uma forma de se oferecer uma remuneração acessória aos operadores: cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais recicláveis, agentes de reciclagem, empresas de gerenciamento de resíduos, dentre outros. São esses atores que coletam, triam, beneficiam e comercializam os recicláveis, desviando estes materiais dos aterros sanitários, proporcionando assim uma destinação mais nobre do que a disposição final. 


Recentemente, foi publicado o Decreto Federal nº 11.044/2022 que institui o Certificado de Crédito de Reciclagem - Recicla+, definido como o documento emitido pela entidade gestora que comprova a restituição ao ciclo produtivo da massa equivalente dos produtos ou das embalagens sujeitos à logística reversa, que pode ser adquirido por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. 


Cabe ressaltar que todo o processo deve ser feito por meio de notas fiscais eletrônicas, que dão o lastro das operações de comercialização das embalagens comprovadamente retornadas para a reciclagem. Tudo isso utilizando tecnologia, transparência e rastreabilidade para diminuir o custo sistêmico.


É de suma importância que empresas e operadores possuam um modelo confiável, cujo objetivo final é promover o aumento dos índices de reciclagem no país, infelizmente ainda muito tímidos. 


Os avanços promovidos já podem ser observados e a logística reversa vai ganhando números cada vez mais representativos, trazendo ganhos ambientais, sociais e econômicos que todos almejam.



Sistema de Logística Reversa: Instituto Rever

Entidade gestora de âmbito nacional, o Instituto Rever aplica o modelo de Certificado de Crédito de Reciclagem - Recicla+, com base no Decreto Federal nº 11.044/2022 para atendimento das regulamentações legais de logística reversa de âmbito nacional. O Instituto Rever, entidade sem fins lucrativos, é uma solução conjunta entre 53 entidades representativas dos setores produtivos, representando mais de 3 mil empresas aderentes. Este sistema já investiu em torno de R$ 21 milhões na cadeia da reciclagem de novembro de 2018 a março de 2022, correspondendo a certificação de mais de 290 mil toneladas de materiais recicláveis.




Sobre o autor:


Eng. Fernando Rodrigues

Diretor Executivo do Instituto Rever

Instituto Rever

Por Oliver Tan Oh 29 de maio de 2024
Governança corporativa é frequentemente interpretada como um tema restrito às empresas de capital aberto. Contudo, a popularização do E.S.G (acrônimo para Environmental (ambiental), Social e Governance (governança)) vem alterando esta percepção junto a um grupo cada vez maior. Este artigo é dirigido aos acionistas e líderes de PMEs que buscam refletir sobre como o sistema de governança pode contribuir com a forma que dirigem, monitoram e incentivam suas empresas e, assim, promover um novo rumo no curto, médio e longo prazos, para: ● Otimizar o valor econômico; ● Facilitar o acesso a recursos; ● Aprimorar a qualidade da gestão; ● Promover a sustentabilidade do negócio; ● Potencializar o impacto positivo junto à sociedade. Para que tais benefícios se concretizem, o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa (5ª Edição do IBGC, págs .20 e 21) destaca quatro princípios básicos a serem praticados, resumidos a seguir: 1. Transparência das informações relevantes junto aos distintos grupos que contribuem com o resultado do negócio ou que por este são impactados (stakeholders): clientes, acionistas, funcionários, fornecedores, sociedade, defensores do meio ambiente e Estado; 2. Equidade ao tratar cada stakeholder com justiça e isonômia levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas; 3. Prestação de contas por parte dos agentes da governança. Deve ser realizada de forma clara, concisa, compreensível e temporânea, sempre assumindo integralmente a responsabilidade pelos seus atos e omissões; 4. Responsabilidade Corporativa dos integrantes de conselhos, comitês e da gestão. Engloba zelar pela viabilidade econômico-financeira da organização, reduzir as externalidades negativas e aumentar as positivas resultantes das atividades da empresa, considerando no seu modelo de negócio as seis categorias de capitais: financeiro, humano, manufaturado, natural, intelectual e social. CATEGORIAS DE CAPITAIS As seis categorias de capitais são descritas no INTEGRATED REPORTING in the Public Sector (publicado pelo CIMA - Chartered Institute of Management Accounts, p.6) que embasa as definições transcritas abaixo: 1) FINANCEIRO é o total dos recursos financeiros que está disponível para o negócio, sendo proveniente da própria operação, de investimento dos sócios e/ou financiamentos/linhas de crédito; 2) HUMANO são as competências (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais) e atitudes (motivação e valores) que cada pessoa tem para inovar, incluindo: ✔ Aderência aos princípios da cultura da empresa, à abordagem de riscos e às regras de governança, com honestidade; ✔ Habilidade para compreender, desenvolver e implementar as estratégias da organização; ✔ Lealdade e motivação para aprimorar e inovar processos, bens e serviços, incluindo a capacidade de relacionamento interpessoal para colaborar, liderar e gerenciar. 3) MANUFATURADO são os bens tangíveis que sofreram alguma industrialização. Por exemplo: insumos, equipamentos e instalações; sejam eles produzidos por terceiros ou fruto de produção interna da organização que os reteve para uso próprio. Também fazem parte os capitais das infraestruturas externas, tais como: vias, pontes, portos, serviço de água e esgoto, energia elétrica e comunicações. Importante destacar que não fazem parte do capital manufaturado os recursos que estão no estado provido pela natureza. 4) NATURAL é composto por recursos naturais (renováveis ou não) captados pela empresa para serem consumidos e/ou empregados no processo de produção de bens e/ou prestação de serviços, como por exemplo: água, luz solar, minerais, terras produtivas, florestas, animais, biodiversidade, ar limpo e outros recursos ambientais. 5) INTELECTUAL são os conhecimentos que geram valor. Inclui: ● propriedade intelectual (patentes, direitos autorais, software, licenças e outros direitos regulamentados); ● capital organizacional (conhecimento tácito, sistemas, procedimentos e protocolos); ● as marcas e a reputação da empresa junto aos clientes e demais stakeholders. 6) SOCIAL resulta das redes de relacionamento construídas a partir da interação das pessoas que compõem a empresa, entre si e com os stakeholders externos para melhorar o bem-estar individual e coletivo. Este capital inclui: ● normas, princípios e comportamentos comuns; ● relacionamentos com os stakeholders e a confiança e disposição de engajamento que a organização desenvolve e se esforça para construir e proteger junto a: clientes, fornecedores, parceiros de negócios e outras partes interessadas externas; ● a licença social para a organização operar. Quando negligenciada, pode determinar o fechamento de unidades da empresa, boicote dos consumidores à marcas e até mesmo à categorias de produtos. Um exemplo que ganhou destaque na mídia é a polêmica quanto ao trabalho escravo nos campos de algodão em Xinjiang, na China. Enquanto marcas ocidentais que atuam globalmente excluíam da sua cadeia de suprimento o algodão dessa região da China para atender a demanda humanitária dos consumidores da UE e EUA, formadores de opinião e consumidores chineses boicotavam essas marcas. Ambos os lados com apoio de governos. CONSTRUINDO UNICIDADE Se o exposto até aqui parece útil para responder as demandas que você e seu time enfrentam, então a governança contribuirá com os novos rumos do seu negócio. Esta nova etapa demandará uma gestão mais participativa, ampliando os espaços e canais para pessoas de diferentes grupos contribuirem com o desenvolvimento do negócio. Portanto, antes de montar um conselho de administração ou consultivo e/ou comitês, com a participação de funcionários e até mesmo stakeholders externos, é relevante revisar, formalizar e comunicar o propósito, os princípios, e o pensamento estratégico – elementos-chave na construção da unicidade direcional do desenvolvimento do negócio. Propósito é a motivação para a pessoa empreender e/ou participar da construção de um negócio que serve a necessidade específica de um público, provendo produtos e/ou serviços que têm seu valor reconhecido pelos stakeholders. A comunicação do propósito deve ser clara, concisa e ter unicidade junto a todos os públicos. Princípios são as regras a serem respeitadas por todos, sem exceção, promovendo a previsibilidade e a reputação junto aos stakeholders internos ou externos. Por último, compartilho que “Uma boa estratégia é aquela que reconhece a natureza do desafio e oferece um meio de superá-lo”. Portanto, “O núcleo de trabalho de uma boa estratégia é descobrir os fatores críticos em uma situação e conceber um meio de coordenar e focar as ações para lidar com esses fatores. A responsabilidade mais importante de um líder é identificar os maiores desafios para o avanço e desenvolver uma abordagem coerente para superá-los” (RUMELT, 2011, pág. 2 e 3). ANTES DE INICIAR Identifique a atual aderência da gestão aos princípios da governança. Quais já estão em uso, o grau de formalidade, de participação de executivos e outros stakeholders e os impactos positivos. Quais faltam e já prejudicam o negócio e quais ainda não afetam o resultado. Uma vez reconhecidos, será mais fácil potencializar os pontos fortes, gerir as fraquezas, priorizar as oportunidades e minimizar os possíveis efeitos das ameaças. O objetivo é obter sucesso com um plano adequado à realidade da empresa. Espero que este artigo contribua com a sua missão de tecer novos rumos e desejo que a prosperidade seja cada vez mais a marca da sua liderança!
Por Oliver Tan Oh 29 de maio de 2024
A indústria de confecções é um dos últimos elos da cadeia têxtil e constituída na essência por Micro e Pequenas Indústrias (MPI’s), sendo a maior empregadora de mão de obra da cadeia e uma das maiores do país. Mesmo diante dos recursos e potencialidades das grandes corporações e da concorrência em um mundo globalizado, as MPI’s buscam alternativas para garantir o sucesso dos negócios e ganhar destaque no cenário nacional. Entre elas está a Polo Salvador, pequena indústria fabricante de camisas polo para fardamento corporativo que criei junto com minha esposa e sócia Imelda Hartmann em Salvador, na Bahia. A Polo ressurgiu simbolicamente em 2010 porque o negócio que tínhamos anteriormente não prosperou devido à diversificação dos produtos e o número de itens do vestuário. Demos um passo para trás para dar dois para frente. Foi importante planejar um novo negócio, bem focado em inovação e ambiente sustentável, desde às instalações até os produtos. Com as estratégias bem definidas e o engajamento da força de trabalho, fomos crescendo a ponto de elevarmos a produtividade em 20% acima da média nacional, reduzindo os custos no processo produtivo e no produto final. Começamos a desenhar e produzir nosso próprio tecido, baseado nas necessidades do mercado de fardamento e considerando o apelo sustentável, que foi e é a tendência do mercado. Uma parcela do nosso fio é ecológico, feito a partir de garrafas pet, viscose de celulose, destacando também o fio biodegradável de poliamida, todos usados no desenvolvimento do tecido para produção das camisas polo. Nas instalações da fábrica houve uma verdadeira revolução. Instalamos um sistema de captação de água da chuva e otimizamos descargas e torneiras, reaproveitamos a água dos condicionadores de ar e descartamos os resíduos de forma adequada – os secos são destinados para a reciclagem e os orgânicos, como cascas e restos de alimentos, são enviados para compostagem, sendo parte utilizado no jardim suspenso de 24 m2 que construímos na entrada da fábrica e carinhosamente chamamos de “painel verde” -. E tem mais: os retalhos de tecido que podem chegar a cerca de 1 tonelada/mês, são encaminhados para uma creche que transforma o material em estopa, fuxicos e a renda adquirida com as vendas é utilizada na manutenção da instituição. O ano de 2014 foi um divisor de águas para o nosso negócio. Iniciamos o investimento em eficiência energética plena com a instalação de placas solares, substituímos todas as lâmpadas comuns por LED, reduzindo consideravelmente o consumo de energia e de lixo eletrônico, instalamos sensores de presença e lâmpadas de alerta em equipamentos de alto consumo de energia, substituímos ventiladores de parede por 2 ventiladores exaustores de 3 e 6,5m de diâmetro de baixo consumo e manutenção, instalamos ar condicionados inverter, substituímos todos os motores elétricos das máquinas e equipamentos por motores eletrônicos, entre outras ações. Assim, 3 anos depois, atingimos autossuficiência na geração da nossa própria energia com mais de 100 placas solares instaladas e, diante desse avanço, percebemos que a empresa poderia ser habilitada como empreendimento sustentável com a certificação ZERO ENERGY, referência nacional em construção sustentável e concedida pela GBC- Green Building Council. O resultado veio em 2019, quando fomos consagrados como a primeira indústria do Norte/Nordeste e a segunda do país a receber essa certificação. Além do reconhecimento da GBC, diante das mais de 40 ações sustentáveis que aplicamos, recebemos diversas premiações e certificações, como o 11º e 12º prêmios socioambientais concedidos pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB); o Selo Verde - nas categorias Ouro e Diamante -, chancelado pela Organização Social de Interesse Público (OSCIP) Ecolmeia, de São Paulo; o IPTU Verde, concedido pela Prefeitura de Salvador para as empresas utilizam os recursos naturais de maneira sustentável em seus imóveis; a medalha de mérito da ABIT, como destaque nacional em sustentabilidade e inovação, além do Rótulo Ecológico homologado pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Todas essas premiações geraram um volume enorme de mídia espontânea, que é um dos pontos fortes para atingir mercado divulgando nosso negócio, porque para uma pequena indústria custear uma publicidade importante é algo muito desafiador. Fomos objeto de notícia na abertura do Jornal Nacional, da Rede Globo, em 2018, como uma indústria que estaria gerando sua própria energia, o que nos motivou de forma especial para buscar mais iniciativas inéditas, como a produção da primeira camisa polo CARBONO ZERO do BRASIL, também a partir da autossuficiência energética, garantindo à Polo o 12º Prêmio Socioambiental da FIEB e a homologação pela ABNT, necessária para garantir a credibilidade no mercado e, para isso, foi preciso calcular a pegada de carbono ao montante de todo processo, ou seja, desde o transporte do fio até a tecelagem, tinturaria, transporte do tecido acabado até Salvador, assim como nas instalações da Polo Salvador, até entrega do produto final ao cliente. Diante de tudo isso é importante destacar que embora essas iniciativas sejam numerosas, cabem em qualquer negócio, desde que haja iniciativa e crença na própria capacidade. O pequeno negócio precisa perceber suas forças, que se transformam em diferencial em relação às maiores corporações. A velocidade nas decisões, a agilidade nas ações, devido à proximidade e tamanho, o aproveitamento das sugestões dos colaboradores e sua implementação, além da importância enorme na visibilidade dos pequenos negócios, são incentivos que fazem a diferença na busca de selos, certificações e premiações. Aqui nós seguimos como pequena empresa, que pretende continuar sendo considerada e percebida pela comunidade em geral como um pequeno negócio saudável economicamente, que cuida do meio ambiente de forma diferenciada, motivando e valorizando as pessoas, dando condições dignas de trabalho e oportunidades em usufruir dos resultados e que possa servir de inspiração para outros negócios, não importa seu tamanho. 
Por Oliver Tan Oh 21 de maio de 2024
A indústria da moda é conhecida por sua volatilidade e ritmo acelerado, um setor no qual tendências emergem e desaparecem com muita rapidez. Por esse motivo, é importante que as empresas se adaptem às mudanças do mercado para garantir vantagem competitiva e antecipar demandas futuras. Nesse contexto, muitas empresas implementam o modelo de operação Private Label, uma estratégia eficaz que permite a produção de peças exclusivas para marcas específicas, oferecendo flexibilidade na adaptação de novas tendências sem comprometer a identidade ou os padrões de qualidade da marca. Para orientar micro e pequenas empresas sobre o modelo Private Label, o Vista Brasil (Programa de Competitividade e Promoção de Micro e Pequenas Empresas do Setor Têxtil e de Confecção) , uma iniciativa conjunta da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , lançou recentemente um conteúdo exclusivo elaborado pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai Cetiqt) . O e-book “Cinco erros mais comuns em Private Label e como evitá-los” apresenta os principais erros cometidos nesse tipo de operação, como planejamento ineficaz, precificação inadequada, baixo investimento em qualidade, escolha pouco criteriosa de fornecedores e falta de transparência. Além disso, o material oferece acesso a um curso completo sobre estratégias bem-sucedidas nesse tipo de operação. “Este material oferece soluções práticas para as micro e pequenas empresas melhorarem suas operações e se destacarem no competitivo mercado da moda”, afirma Lilian Kaddissi, superintendente-executiva de projetos estratégicos da Abit. Para conhecer esse conteúdo exclusivo, basta acessar o link e fazer o download do e-book. Sobre o Vista Brasil O Vista Brasil é o Programa de Competitividade e Promoção de Micro e Pequenas Empresas do Setor Têxtil e de Confecção, resultado de uma parceria entre a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O projeto oferece diversos produtos e serviços que impulsionam os negócios de micro e pequenas empresas do setor no Brasil, além de contribuir para melhorias de processos produtivos e criativos e estimular olhares para a inovação e a importância da sustentabilidade na prática. Sobre a Abit A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), fundada em 1957, é uma das mais importantes entidades entre os setores econômicos do país. Representa a força produtiva de 25,2 mil empresas instaladas por todo o território nacional, empresas de todos os portes que empregam mais de 1,5 milhão de trabalhadores e geram, juntas, um faturamento anual de R$ 190 bilhões. Sobre o Sebrae O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequenas empresas, atuando com foco no fortalecimento do empreendedorismo e na aceleração do processo de formalização da economia por meio de parcerias com os setores público e privado. As soluções desenvolvidas pelo Sebrae atendem desde o empreendedor que pretende abrir seu primeiro negócio até pequenas empresas que já estão consolidadas e buscam um novo posicionamento no mercado.
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